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ZOO

Uma festa mal acabada, rastros de intimidade pelo espaço e trechos de uma suruba musical carregam o ambiente. O mais recente trabalho dos Macaquinhos é uma instalação performativa que desencanta os zoológicos humanos realizados em países colonizadores da Europa durante o século 20. O coletivo continua sua pesquisa que fricciona corpo, política e os limites de linguagens estéticas contemporâneas e utilizou como provocação a pergunta “O que há de Norte em cada um de nós?”. Convidado a criar o trabalho pelo Künstlerhaus Mousonturm e pelo Festival I*mpossible Bodies, na Alemanha, o grupo propõe uma experiência de ressaca colonial compartilhada entre performers e visitantes. É um ambiente sensorial carregado de cheiros e sons, um lugar para expectativas que questiona o que é doméstico e o que é espetacular. 

A badly ended party, traces of intimacy through space and fragments of a musical gangbang fill the room. Macaquinhos’ latest work is a performative installation that enlighten human zoos held in colonizing countries in Europe during the 20th century. The collective continues its research rubbing body, politics and the limits of contemporary aesthetic expressions against each other and provokes asking “What is North in each of us?”. Invited to devise the work by Künstlerhaus Mousonturm and the I*mpossible Bodies Festival in Germany, the group brings a colonial hangover experience shared between performers and audience. It is a sensory environment filled with smells and sounds, a place for expectations that questions what is domestic and what is spectacular.

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ZOO

 

Instalação performática que desencanta os zoológicos humanos do século 20 

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Experiência de uma ressaca colonial compartilhada entre performers e os demais presentes

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Lugar para expectativas: o que é doméstico e o que é espetáculo?

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Ambiente sensorial carregado de cheiros e sons

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ZOO não tem jaulas nem grades – então, o que pode acontecer lá?

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Em ZOO, a festa da exploração colonial está mal acabada. A ressaca é um processo de resposta à pergunta O que há de Norte em cada um de nós? - que guiou a criação do trabalho desde o seu início. O ambiente "inferninho" está lá para expor o habitat corriqueiro dos artistas de Macaquinhos, que nessa teatralização da real life são flagrados em seus costumes pessoais. A instalação problematiza os limites entre o que é caseiro e espetacularização, alimentando a expectativa do que estes performers podem nos oferecer - como acontece com animais em um zoológico. Seus principais clichês são propositalmente tensionados: da linguagem ousada que o grupo cunhou na memória das pessoas, até as possibilidades de ação que esses temas quentes podem nos trazem.

Os performers não realizam nada inteiramente. Em um jogo instável com o público, uma proposta performática só se completa quando existe engajamento mútuo. Na prática, ZOO é um exercício que aponta para a responsabilidade social diante de programas e eventos culturais promovidos tanto instituições de toda ordem. Um tema recorrente durante a mássiva repercussão da peça Macaquinhos e que em ZOO retorna como um apontamento às questionáveis exposições coloniais realizadas pelos governos vigentes - eventos que foram abraçados com entusiasmo pela população de onde eram realizados.

 

“Se não houvesse reação, eles jogavam dinheiro ou bananas entre as fendas do bambu”, escreveu um jornalista sobre os espectadores de um dos zoológicos humanos - The Guardian.

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ZOO estreou no festival Im*Possible Bodies, abril de 2018, em Frankfurt, resultado de uma co-produção transatlântica entre brasileiros e alemães. A obra está conectada diretamente com o primeiro trabalho dos Macaquinhos em que exploram as epistemologias do Sul denunciando as hierarquias mundiais no próprio corpo. A partir desse convite, sentiram a necessidade de investigar em direção oposta e em 2017, iniciaram a pesquisa artística O que há de Norte em cada um de nós? que culminou em ZOO.

CREDITS

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ZOO é Andrez Lean Ghizze, Caio, Danib.a.r.r.a, Fernanda Vinhas, Kupalua, Luiz Gustavo, Marine Sigaut, Rosangela Sulidade 

 

Colaboração artística: Carol Mendonça, Elisa Liepsch, Kontouriotis

 

Produção Executiva: Corpo Rastreado

 

ZOO é uma produção dos artistas de Macaquinhos

 

Coprodução: Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt  

 

Apoio: Programa de Residência Artística "Obras em Construção 2017" Casa das Caldeiras  / Residência Artística Instituto Terra Luminous | CRD - Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo  / Frankfurt LAB |

 

Agradecimentos: Alessandra Domingues, Guilherme Godoy, François Pisapia, José Fernando Peixoto, Marcelo Evelin, Teresa Moura Neves, Yuri Tripodi, e todxs xs participantes do Experimento Milgrau

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Residência ZOO

Macaquinhos convida cidadãos imigrantes, corpos minoritários e pessoas interessadas a participar da instalação-coreográfica ZOO. A residência propõe um atravessamento de entendimentos de mundos e de engajamento de corpos - uma manifestação onde diferenças, lacunas e polarizações possam coexistir. O grupo irá compartilhar sua pesquisa que envolve corpo, política, dança e performance, colocando em jogo algumas temáticas de ZOO como o que há de Norte em nós, decolonialidade, clichês culturais, crise de subjetividade e a insuficiência ao lidarmos com tudo isso...

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*Formato: 20 vagas

Classificação etária: 18anos

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